“O amor é
paciente. O amor é bondoso; não é ciumento. O amor não se vangloria não se
ensoberbece. Não se conduz inconvenientemente, não procura os próprios
interesses; não se enfurece, não se ressente do mal; não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.” 1Co 13.4-7
Muitos
confundem algumas expressões de afeto e carinho, ou mesmo atração sexual, com
amor. O verdadeiro amor, porém, tem todas as características acima descritas. O
verdadeiro amor em nós nasce na cruz de Cristo.
“Nós o amamos por que ele nos amou primeiro” (1Jo
4.19). Esse amor foi o originado no criador em uma profunda expressão de
misericórdia, através da morte de Cristo. “Mas
Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por
nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). “Nisto conhecemos o amor: que Cristo de a sua vida por nós.” (1Jo
3.16a)
É
ingenuidade (para não dizer tolice) achar que nós mesmos podemos produzir esse
amor. Esse amor vem primeiro de uma união orgânica entre Deus e aqueles que receberam
poder para se tornarem Seus filhos. Aqueles que nasceram novamente, não da
carne, nem do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus (Jo 1.12,13 e
3.6,7).
Existe uma
bela e terrível descrição do homem natural, raio-x da nossa sociedade, e nos
ilustra bem por que ele não pode produzir esse amor:
“... Não há um justo, nem um sequer, não há quem
entenda, não há quem busque a Deus; todos
se extraviaram, juntamente se fizeram inúteis,
não há quem faça o bem, nem um sequer.
A garganta deles é sepulcro aberto...” (Rm 3.10-13a). Essa é a descrição
do homem sem Cristo.
Quando nos
unimos ao Pai, e isso através do Filho, o amor de Deus flui em nós (Jo 7.37).
Essa união
somente é possível pela ação de Deus, que transforma o coração do homem para
que receba a sua Palavra e seu Espírito e, pela fé do homem no nome de Jesus e
total entrega a seu senhorio (Ez 36.22-27; Jo 20.31; At 10.43; Rm 9.33). Então nós
temos, não uma vida modificada para parecer com a vida de Cristo, mas, a vida
do próprio Senhor Jesus em nós. “Estou
crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora
vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim” Gl 2.20 (Jo 10.10; 14.6).
A partir
daí podemos falar de amor verdadeiro. Esse que é fruto do Espirito de Deus que
habita em nós. “Mas o fruto do Espirito
é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão domínio próprio.” Gl 5.22-23a (Tg
4.5; 2Co 6.16).
Quando
temos a vida de Cristo em nós fica claro que amor não é um sentimento é uma
decisão. Cristo não morreu por nós por causa de um sentimento, mas por uma deliberação
diante do Pai, em que ele escolheu deixar a glória que tinha com o Pai, para ser
humilhado e obediente até a morte, e morte de cruz, a fim de resgatar aquilo
que se havia perdido. (Fl 2.1-8; Jo 17.5; Mt 20.28).
Sentimentos
são passageiros e não dependem do nosso controle. Se o amor não fosse uma decisão
Cristo nos daria esse mandamento? Leia:
“O meu mandamento é este: Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. Ninguém tem maior
amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos” (Jo
15.12,13).
Ou:
“Amai os vossos
inimigos e orai pelos que vos
perseguem” (Mt 5.44).
Concluímos
que o homem natural não é capaz de expressar o verdadeiro amor, pois se
extraviou e se tornou inimigo de Deus (Tg 4.4; Rm 3.10-13). Aquele que recebeu
do novo nascimento, partilha da mesma natureza de Cristo e de Deus. “Para que todos sejam um, como tu ó Pai, o
és em mim, e eu em Ti. Que eles também sejam
um em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17.21). Esse
sim é capaz de viver o verdadeiro amor descrito no belo poema revelado pelo
Espírito a Paulo sobre o amor, pois a vida de Cristo é agora a sua vida. Fora
disso pode ser qualquer coisa, menos amor.
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