Google+ Passos para um Amar Verdadeiro - I - Eu sei ficar bem comigo mesmo? | Pereghrinnus
terça-feira, 25 de novembro de 2008

Passos para um Amar Verdadeiro - I - Eu sei ficar bem comigo mesmo?

(...) “Um estado de espírito que se caracteriza por tal sensação de quietude interior e satisfação consigo que transbordaria para uma atitude otimista e desarmada perante a vida e as outras pessoas. Amar os outros e à vida é, pois, mera conseqüência do amor a si mesmo”.

Dr. Marco Aurélio Dias da Silva - Quem Ama Não Adoece - Editora BestSeller, p. 273 

 

Muitos outros temas poderiam ser abordados para abrir esta serie de artigos sobre o caminho para um amor efetivo e firme. Mas, a equipe do Simplificando a Vida compreendeu na pratica e através do relato de outras pessoas em suas experiências de vida, que esse seria um dos mais importantes passos: aprender a viver bem consigo mesmo.

 Em grande parte das literaturas que abordam temas em comum com esse, se é pregado que devemos amar mais aos outros, de forma que, se mal interpretado, acabamos por esquecer a importância do amor a nós mesmos.

Esse amor – que, aliás, seu sentido aqui esta muito distante do egoísmo narcisista – é identificado como uma estima pelo que se é. A capacidade de aceitar a si com todos as qualidades e defeitos comuns a todos os seres humanos. É uma visão de ser único e com igual valor de importância a todos ao redor. Um estado de, como diz a frase do Dr. Marco Aurélio, “quietude interior e satisfação consigo”. Mas, e isso é mesmo tão importante? Quando encontrar o (a) outro (a) objeto de minha afeição não estarei ai completo?

A experiência e os escritores demonstram que isso é importante sim. Uma primeira questão básica, e fundamental, é que quem consegue ficar bem consigo mesmo tende, naturalmente, a ser menos ansioso. Assim, sabe esperar com mais paciência e sabedoria aqueles que serão futuros amigos (as) ou companheiros (as), com os quais se pretende compartilhar bons momentos da vida. Sem isso nos “lançamos ao ombro” de quem quer que seja e nos expomos à falhas na interpretação sobre quem, de fato, é o dono desse ombro. Então falamos sobre amizade ou o amor do outro, sem termos certeza se eles compartilham de tais sentimentos e aspirações do mesmo modo que nós. O que é isso, senão uma necessidade desesperada de nos sentirmos amados e acolhidos? E é em razão dessa necessidade que muitas vezes preferimos fechar os olhos para tantas coisas, assumindo o risco de um possível fracasso futuro. A falta da estima por si, nos torna demasiado inseguros, nos fragilizando e deixando vulneráveis a possíveis sofrimentos que poderiam ser evitados.

Outro ponto é que, como não nos amamos o suficiente, passamos, muitas vezes, a não só querer, mas também exigir que os outros nos amem como queremos e achamos que merecemos. De modo que projetamos no outro a imagem do amor idealizado, que nem sempre condiz com a realidade dele (a). E se o outro também sofrer dessa insegurança, projetara em nós a imagem que quer sejamos. Daí, nós cobramos mais amor do outro (ao nosso modo), pois nunca estamos satisfeitos por acreditar que sempre nos doamos em maior quantidade e o outro também nunca estará satisfeito já que igualmente acredita que se doa mais, quando na verdade o que existe é muita cobrança e pouco amor dispensado ao outro, por não possuirmos esse amor em nós. Fica claro o porquê de tantos relacionamentos passageiros e ate casamentos não darem certo: nunca se estará feliz, posto que o outro nunca será capaz de preencher o vazio que só cabe a nós mesmos preencher.

Existem muitos outros pontos que comprovam a importância dessa valorização de si. Mas acreditamos que esses dois mencionados acima são suficientes para ilustrar essa idéia.

Esse Amor Próprio pode ser conseguido, por aqueles que não o possuem, com um exercício diário de reconhecimento de seu valor nas suas particularidades, nas coisas que lhe fazem único e que são a diferença na vida de outras pessoas. Reflexões conscientes nesse sentido podem no mostrar aspectos que nunca antes havíamos notado em nós. O que era aparentemente um bote vazio, agora se mostra como algo rico e cheio de possibilidades, tantas coisas boas suficientes para estarmos bem na presença dos outros, e também estarmos bem quando estivermos a sós conosco.

Existem algumas razões para essa falta de amor por si. E esse será o tema do nosso próximo passo, que será dado na próxima semana. A observância dessas causas pode nos ajudar para que consigamos entender onde as coisas começaram a mudar de direção e como tentar “voltar no tempo” e resgatar esse algo tão valioso, que determinara no futuro a qualidade das nossas relações com os outros.

Ate a próxima... Fiquem com Deus!

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